sábado, 12 de abril de 2014

ESGRIMA, uma opção para defesa pessoal.


Muitos sobrevivencialistas estudam com afinco métodos de defender a sí e suas preparações, embarcam em teorias e metodologias tidas como infalíveis, adotam treinamentos quase místicos. Quando pensam em "armas brancas" a coisa vai ainda mais além. Acontece que preferem não olhar pra trás, ou simplesmente ignorar épocas onde, de fato, a coisa era resolvida na mão. As armas de fogo aposentaram as bestas, arcos e as espadas... da mesma forma que as rapieiras, sabres e floretes aposentaram as espadas longas e foi com este tipo de laminas que esta fase da humanidade terminou. Ops! Eu disse que terminou? ...
"Caro Batata, meu amigo, você pirou?", "Não consigo ver como estes espetos molengos podem ser úteis pra mim" Confessa, você deve ter pensado nisso, de inicio também demorei pra assimilar a idéia. Na idade média, até a renascença armaduras eram consideradas armas de guerra, mais ou menos como os governos fazem hoje com poderosos coletes balísticos, não era diferente com as armas, pra abrir uma armadura era preciso no mínimo uma espada longa. Acontece que o civil comum não usava armadura.





Um homem podia usar uma espada no seu dia a dia para se proteger, duelar, etc. nestas idas e vindas, sem precisar se preocupar com armaduras grossas, criaram-se espadas específicas para este fim, com uma absurda capacidade de fazer estrago, um desempenho impecável e tamanha manobrabilidade que até hoje, em pleno 2014 seu design se mantém e pode ser visto até nas olimpíadas, na maioria das policias montadas e por uns poucos praticantes que enxergam seu benefício como arte de defesa pessoal.



Sem armaduras envolvidas, dificilmente um oponente com qualquer outra arma sobrevive a um esgrimista com uma rapieira. Veja, entenda bem isso, ele pode vencer o duelo SIM, mas certamente sairá com um ferimento mortal.


Nesta postagem, vou me focar na rapieira ou rapier, arma de duelo,  baseado nas impressões e experiência atuais de alguns especialistas que pesquisei. Dentre todas as espadas do tipo usadas em esgrima, a rapieira é a única com "massa" ou "corpo" com capacidade para enfrentar uma espada longa e ainda se mantém a frente do tradicional sabre de cavalaria atual, por conta de sua manobrabilidade. A arma  também acumula um pouco mais de massa que os floretes ( renascentistas) o que lhe confere um "poder de parada" muito maior e o benefício do corte pleno e profundo.

ARMA MOLENGA

Uma mola na verdade, e isso é diferente de molenga. Quando espadas deste tipo acertam o alvo em uma estocada, elas se curvam muito, neste momento 2 coisas acontecem, a explosão de força encontra a resistência do corpo humano, a mola se verga e força ainda mais a entrada da ponta em agulha, porém, isso acontece em milésimos de segundo e de forma irregular, fazendo com que a espada cause dano e SAIA rapidamente. Acontece que ela sai cortando tudo que encontra e de forma irregular.

 
Outro benefício desta flexibilidade é que durante o combate, um golpe mais forte na lateral da lamina faz com que ela chicoteie o adversário, causando cortes terríveis e extremamente difíceis de se defender.

UM METRO DE DESTRUIÇÃO

As tradicionais escolas de esgrima tem em comum a posição inicial de combate onde a ponta serve diretamente o oponente tornando muito difícil tentar um golpe sem levar outro , diferente do esporte, a luta de espadas marciais usa todo tipo de deslocamento, inclusive lateral, some a isso tudo todo o treinamento em agilidade e a distancia que a arma impõe, agora aplique as impressões de um agressor, que certamente vai menosprezar a capacidade da arma em fazer estrago e apostar em força bruta para suplanta-la. Ele será atingido. Tendo êxito ou não no seu ataque.

HABILIDADES DE ESGRIMA NA SOBREVIVÊNCIA

Sim, e porque não? Um espeto de churrasco se torna uma arma plenamente funcional em mãos treinadas nesta arte, um vergalhão pontudo de construção e até uma flecha com ponteira de corte é capaz de ter um desempenho notável. Facas, facões e outras peças mais comuns ao nosso dia a dia se beneficiam da técnica, no mínimo afetando a defesa do usuário e trabalhando sua destreza em combate.


Nunca despreze tecnicas que escreveram a história. Esgrima, arqueiria, arremesso de dardos... muitos dos esportes clássicos já foram ferramentas de sobrevivência em cenários de privação, onde a própria época era escassa de recursos. Muitas vezes vale a pena apostar nos clássicos, no testado e comprovado. Existem no Brasil muitas escolas que ensinam a arte, pesquise!

E você, já pensou em uma espada nas suas preparações?


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