sexta-feira, 2 de março de 2012

Urbano, suburbano ou rural - Cuidado com estratégias gringas.

Viajando em fóruns gringos e lendo estudos e depoimentos de pessoas, sobrevivencialistas, que já estiveram em situações difíceis, vira e mexe deparamos com terminologias que colocam em xeque nosso entendimento sobre as estratégias e planejamentos.


A pouco tempo, em um fórum, rolou um questionamento sobre o que é um bunker. E mais questionamentos ainda sobre a diferença entre bunker e fortificação. Baita discussão boa esta e deixo que vocês coloquem seus pontos de vista aqui nos comentários, até porque são vossas opiniões que me interessam, como autor do blog minha visão é estrita ao meu entendimento, ja´que é meu e eu sei, não faz muito sentido ficar escrevendo aqui sem ter um termômetro se estou no caminho certo ou não, e quero também aprender algo com vocês.
Quando eu penso em urbano, minha mente me leva para cidades, sou paulista, logo a imagem que tenho é a do ambiente em que eu trabalhava quando imagino o cenário:




De quebra, quando voltava pra casa, adentrava de vez no conceito de suburbio, que, em uma cidade como São Paulo, é uma zona tão urbana o quanto o centro de uma cidade pequena do interior, e NADA tem a ver com o termo "suburban" gringos, olhem só estes bairros do suburbio paulista:



Agora vejam o que os gringos classificam como suburban:



Agora vamos lá o que eles julgam ser "suburb" para nós aqui é bairro nobre, trocando em miúdos, grandes terrenos com boas e espaçosas casas, sem muros... e distantes umas das outras. E é aí meu chapa que o caldo entorta na hora que começamos a ler as discussões e fóruns gringos e trocamos todas as bolas aqui em terras brasilis, pois um subúrbio destes é um pesadelo tático, cheio de entradas, saídas e nichos, os vizinhos não estão próximos o suficiente para montar uma defesa eficiente em suas casas, pensando de forma prática, se seis vizinhos se unirem, não conseguirão cobrir a área toda, e vão acabar deixando casas descobertas.
A estratégia em grupo é ponto pacífico de discussões, sozinho é muito difícil, por mais bem armado que esteja. Um grupo desunido é pior ainda.

Mas, voltemos aos conceitos de bairro, e a partir daqui você nunca mais fará uma viajem inocente sem reparar em coisas curiosas.
Já perceberam como cidadinhas do interior se parecem com os subúrbios americanos?



EURECA! eu to fudido! Aqui todo terreno é largo, embora murados e bem abertos, os vizinhos não dividem paredes e há de ser bem xarope para morar num prédio numa cidade dessas.
A maioria da ruas é de primeira, porque se você engatar a segunda cai fora da cidade. Sei o que você deve estar pensando agora, poxa, morar numa cidadinha caipira trás os mesmos problemas de segurança durante uma crise que morar num bairro nobre de SP? A resposta ainda é não, pelo menos por enquanto, mas logo falarei disso, antes quero colocar uma real dúvida minha, até porque não sei o que escrever quando me perguntam que tipo de lugar eu moro, isso aqui é rural, suburbano (segundo os gringos) ou urbano? :


Se você disse no ato que é rural, eu quase concordo, mas deixo a seguinte pergunta, se uma cidadezinha de merda é ambiente rural, isto aqui é o que?:





Se a cidadinha é ambiente rural, estas fazendas e sítios aí são o que? Rural pra caralho?
Viram só a cagada que pode ser pesquisar usando jargões gringos?
Mas não se esqueça de opinar, afinal de contas temos poucos veículos de mídia ainda que formam opinião sobre isso no Brasil, estou longe de acreditar que talvez possa ser um deles mas talvez eu e meus 3 leitores assíduos talvez possamos nos entender melhor quando usarmos os jargões.

Que conste, no IPTU de minha casa está escrito área urbana, mesmo na cidadinha de primeira, logo não conteste o titulo deste blog para que eu não precise xinga-lo ! haha
Hahh ia me esquecendo, depois posto para vcs o que eu, um paulista urbano típico que mudou a 8 anos na cidadinha penso do povo do interior, e porque acho que embora usemos concreto também é um ótimo negócio investir num lugar destes. Mesmo com todas criticas ao "suburban" que lerão, a postura do povo de cidades pequenas é bem diferente dos moradores dos jardins!



Abraços!

7 comentários:

  1. Caro sobrevivencialista creio que o conceito de urbano e rural em cidades do interior e metrópoles do Brasil é o mesmo, mas com uma diferença em sua aplicabilidade. Entre tanto, o grande problema é que no Brasil e talvez em outros países “subdesenvolvidos” também existam mais classificações do que os gringos podem imaginar. Por exemplo, favelas ou comunidades.
    A grande consideração de subúrbio nos países considerados “subdesenvolvido” é como você disseste o subúrbio de lá é o nosso centro de cidades do interior aqui. Já a classificação entre centro e subúrbio eventualmente melhor considerado sinônimo de periferia, para classificar perímetros longe do centro da cidade. Pelo que sei, posso estar errado, mas a classificação do que é subúrbio e centro em uma cidade sendo metrópole ou não é responsabilidade da prefeitura e de um arquiteto urbanista contratado pela mesma, pois ele classificará o que é centro, subúrbio e comunidades entre outros, todas consideradas como área urbana.

    Já sítio, fazenda, chácara, entre outros é considerado área rural. Então tudo que não ficar nas proximidades da cidade é considerado rural, claro que levando em consideração somente estas classificações, pois existem também megalópole, conurbação, megacidades e complexos metropolitanos, etc. Em relação às divisar entre cada classificação é feita ao critério do arquiteto contratado.
    Em relação à bunker e fortificação se não me engano existem dois documentários que falam sobre isso um é da Discovery relacionado ao final do mundo 2012 e o outro é da TV Globo acho que é do globo repórter não me lembro direito, pois comecei a olhar já no meio dos dois programas. Os dois documentários são bem legais, mas o da Discovery é bem mais explicativo.

    Obs: Todas as afirmações acima são de minha opinião.

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    1. Parabéns pelo blog muito legal!
      Gosto bastante dos seus videos!

      Abraço

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    2. Olá André,

      Pesquisei ótimas opções para sobrevivencialismo, entretanto só me reservo á inteligencia dos escritores gringos, porque estou longe de ter a grana que un suburban americano tem para preparações! Escrevi sobre isso justamente para questionar e evitar que outros desanimem de iniciar suas preparações por confundirem as bolas talvez se comparando e até para que eu esclareça um troços!

      Valeu pela participação!

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    3. Bunker ou fortificação?

      Bem fica aqui minha opinião.

      Indiferente de metrópole, urbano, suburbano, cidade grande ou cidade pequena... cidade é sempre cidade... Vamos hipoteticamente imaginar que o sistema caia...
      Você morando em uma cidade tenha ela 100.000 ou 1000 habitantes. Nada de telefone... eletricidade... água... com um pouco de tempo nada mais de comida e combustível... esteja você em um bunker ou em uma fortificação os vizinhos irão olhar sua casa com a luz acesa, pessoal hidratado, cheirinho de comida na panela. Quanto tempo você acredita que os seus vizinhos irão se convidar para entrar e compartilhar do banquete?
      Independente do tamanho da cidade, cidade é sempre cidade. É humanamente impossível defender ou fortificar em uma área urbana, a não ser que você tenha um verdadeiro exercito e quando falo em exercito não me refiro apenas a armamento...
      Sendo assim qualquer edificação em uma área rural tem maior possibilidade de sobreviver a uma crise que o mais forte bunker que um de nós possamos fazer.


      Esse é um bom tópico para se discutir.

      Abraços

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  2. SE OCORRER UM EVENTO DE CRISE, ACREDITO QUE QUANTO MAIOR O NÚMERO DE HABITANTES, MAIOR SERA O DE INCOMODOS, TALVEZ CIDADES DE MENOS DE 40 MIL HABITANTES TENHAM UMA MARGEM MAIOR DE MANUTENÇÃO SEGURANÇA E CHANCES DE FORMAR CORRENTES, MAS GRANDES CENTROS COM MASSA ENORME DE DESOCUPADOS E ALIENADOS SERIAM MAIS DIFÍCEIS DE LIDAR...

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  3. como sobreviver na zona sul de são paulo em caso de um evento de crise?

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  4. Complicado esse assunto... Já me tornei caiçara depois de tantos anos morando a duas quadras da praia em São Vicente SP. Uma senhora caiçara urbana,vivendo só no sétimo andar. Sou aposentada por idade. Viver só não me incomoda, ser considerada idosa também não. Eu vivia completamente dependente do sistema. Tudo à mão, tenho tudo que preciso a uma ou duas quadras do meu prédio. Até que algo começou a me incomodar e aquelas perguntas que não querem calar, e aquele alarme cada vez mais alto começaram a me preocupar: e se esse sistema tão eficiente um dia falhar? As pesquisas na net me trouxeram a esse blog e tenho feito minhas preparações na medida do possível. Mas pra onde uma senhora correria numa situação de crise? Eu pretendo ficar por aqui o maior tempo possível porque não vejo outra opção mais racional. Estou preparada, me cuido, me informo e estoco o necessário. A minha parte eu faço... Batata, agradeço imensamente por suas postagens tão lúcidas. Grande abraço

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